DSC rápida - O empolgante novo mundo do Flash DSC

A DSC ultrarrápida permite que processos envolvendo formação de estrutura com resfriamento sejam medidos.

Por que DSC rápida?

Os resultados de medições obtidos usando instrumentos DSC convencionais costumam depender das taxas de aquecimento ou resfriamento usadas. Por exemplo, se você quiser investigar o comportamento de materiais em processos técnicos, como processos de cristalização em moldagem por injeção, as taxas de aquecimento usadas para a medição precisam ser comparáveis às que ocorrem no processo real. Para realizar essas medições, precisamos de um instrumento de DSC que seja capaz de medir em uma faixa muito ampla de taxas de aquecimento e resfriamento.

 

DSC rápida via tecnologia Flash DSC

As considerações acima levaram a METTLER TOLEDO a desenvolver um novo tipo de instrumento de DSC rápida, o Flash DSC, usando a mais recente tecnologia.
Flash DSC combina um sensor de chip de DSC baseado na tecnologia MEMS, um inovador e patenteado conceito de medição e controle, e um design ergonômico funcional.

Durante o desenvolvimento, deu-se grande importância à simplicidade da preparação da amostra e a taxas de aquecimento e resfriamento ultra-altas.

O webinar sobre Flash DSC da METTLER TOLEDO discute a influência das taxas de exploração em detalhes e ressalta possíveis áreas de aplicação para a tecnologia Flash DSC.

Flash DSC 1: um novo calorímetro de exploração rápida

 
Slide 0: Flash DSC 1: um novo calorímetro de exploração rápida

Senhoras e senhores,

sejam bem-vindos a este seminário sobre o Flash DSC 1.

A METTLER TOLEDO está na vanguarda do desenvolvimento de instrumentos e sensores inovadores para análise térmica há quase cinquenta anos.
O mais recente reforço para a nossa linha de instrumentos de alto desempenho é o Flash DSC 1.
Esse instrumento de exploração ultrarrápida cria possibilidades de aplicação totalmente novas. Ele permite a realização de medições que, antes, eram impossíveis, e, graças a isso, revela propriedades ocultas dos materiais.


Slide 1: Índice

O primeiro slide apresenta uma visão geral dos tópicos sobre os quais quero falar neste seminário.

Começarei com uma curta introdução sobre DSC convencional e, depois, descreverei o novo Flash DSC 1 e seu componente central, o sensor MultiSTAR UFS 1 ultrarrápido.

Os resultados de medições obtidos usando instrumentos DSC convencionais costumam depender das taxas de aquecimento ou resfriamento usadas. Isso ocorre principalmente com materiais modernos e frequentemente metaestáveis.
Quero discutir a influência das taxas de exploração em detalhe para poder ressaltar possíveis áreas de aplicação do Flash DSC 1.

Em seguida, complementarei minha apresentação com diversas aplicações interessantes.


 
Slide 2: A técnica DSC

O slide ilustra os aspectos mais importantes da técnica de DSC convencional.

O sensor tem duas posições de medição separadas; uma para a amostra, e outra para a referência. O sensor fica localizado dentro de um forno cuja temperatura é controlada com precisão. O sistema de medição tem um diâmetro de vários centímetros. O peso típico das amostras é de 1 a 20 miligramas, e elas são envoltas por um pequeno cadinho. A amostra de referência costuma ser um cadinho vazio.

Um instrumento de DSC desse tipo mede o calor que flui para dentro ou para fora da amostra quando ela é aquecida. As taxas de aquecimento costumam ficar entre 0,1 e 100 graus por minuto. Obviamente, as medições podem ser realizadas a taxas de resfriamento controladas ou em condições isotérmicas.


Slide 3: A técnica DSC: curva de DSC do PET

Este slide mostra uma curva de medição típica da DSC. Ela foi obtida pelo aquecimento de uma amostra de polietileno tereftalato (PET) amorfo a 10 graus por minuto.
A deflexão inicial da inicialização dura cerca de 30 segundos. Após isso, são atingidas condições estacionárias, e o fluxo de calor medido é determinado pela capacidade térmica da amostra.
Diversos eventos térmicos ocorrem à medida que a temperatura da amostra sobe: Primeiro, vemos a transição vítrea acompanhada por um pico de relaxamento de entalpia a cerca de 80 graus Celsius.
Isso é seguido por um pico exotérmico da chamada cristalização fria, com um máximo a cerca de 150 graus. Nesse processo, parte do PET amorfo se cristaliza a partir da fusão fortemente superresfriada.
Por fim, os cristais de PET se derretem e geram um pico de fusão endotérmica na faixa de 220 a 270 graus.

Entre a transição vítrea e a fusão, cristalitos muito pequenos se formam inicialmente quando a amostra é aquecida. Com o aumento da temperatura, esses cristalitos se alteram gradualmente para cristais mais estáveis. Infelizmente, não vemos nada desse processo de reorganização na curva de DSC, pois os processos exotérmico e endotérmico ocorrem simultaneamente.
Na realidade, muitos materiais, especialmente polímeros, apresentam eventos térmicos que dependem das condições de medição da DSC. Isso acontece porque os materiais passam por diferentes processos de reorganização.

Explicarei isso de forma mais detalhada agora.


Slide 4: Reorganização durante a medição

O slide mostra duas curvas de DSC do mesmo exato material.
A curva azul, medida a 10 graus por minuto, mostra a transição vítrea, a cristalização fria e a fusão que discutimos no slide anterior. A cristalização fria e a fusão são processos de reorganização que ocorrem durante o aquecimento.

A curva vermelha foi medida a 60.000 graus por minuto e tem uma aparência muito diferente. Ela mostra que um resultado de medição completo é obtido apenas quando o material é medido a essa taxa de aquecimento muito mais alta. A essa taxa de aquecimento, observa-se apenas a transição vítrea. A reorganização não pode ocorrer a essa taxa de aquecimento extremamente alta, pois não há tempo suficiente disponível. O material é medido no estado em que estava antes da medição ou no estado em que havia sido encontrado. Não há tempo para a ocorrência de alterações estruturais.

Agora, podemos tirar duas importantes conclusões a partir desse resultado:

primeiro, se você quiser investigar o comportamento de materiais em processos técnicos, como processos de cristalização em moldagem por injeção, as taxas de aquecimento usadas para a medição precisam ser comparáveis às que ocorrem no processo real.
Segundo, para realizar essas medições, precisamos de um instrumento de DSC que seja capaz de medir em uma faixa muito ampla de taxas de aquecimento e resfriamento, especialmente a taxas altas, de cerca de 100 a 1000 graus por segundo. Aqui, instrumentos de DSC convencional têm uma limitação de desempenho, pois suas taxas de aquecimento máximas são de apenas algumas centenas de graus por minuto. Em outras palavras, eles são cerca de cem vezes lentos demais. Contudo, eles têm a vantagem da possibilidade de medição de amostras maiores em cadinhos.


 
Slide 5: O Flash DSC 1

As considerações acima levaram a METTLER TOLEDO a desenvolver um novo tipo de instrumento de DSC de exploração rápida, usando a mais recente tecnologia. O instrumento se chama Flash DSC 1 e é mostrado no slide.

O Flash DSC 1 combina um sensor de chip de DSC baseado na tecnologia MEMS, um inovador e patenteado conceito de medição e controle, e um design ergonômico funcional.

Durante o desenvolvimento, deu-se grande importância à simplicidade da preparação da amostra e a taxas de aquecimento e resfriamento ultra-altas. As taxas de exploração, porém, devem se sobrepor às de um instrumento de DSC convencional. A faixa de sobreposição está ilustrada no diagrama interno.

O Flash DSC 1 fornece taxas de aquecimento de até 40.000 graus por segundo, ou seja, 2.400.000 graus por minuto, e taxas de resfriamento de até 4.000 graus por segundo, ou 240.000 graus por minuto.

Isso significa que o Flash DSC 1 permite que sejam realizadas medições com uma faixa de taxa de exploração de 4 a 5 dezenas. O Flash DSC 1 e a DSC 1, juntas, abrangem uma faixa de exploração de mais de 7 dezenas.

A faixa de temperatura do Flash DSC 1 vai de 95 graus Celsius negativos até 450 graus Celsius positivos. O resfriamento é fornecido por um intracooler opcional.


Slide 6: O Flash DSC 1

Para alcançar as taxas de aquecimento ultra-altas, a massa de uma amostra costuma ser de alguns microgramas, podendo descer até os nanogramas.
O preparo e a inserção de uma amostra tão pequena são realizados com o operador sentado confortavelmente diante do instrumento. Para garantir um contato térmico ideal, a amostra é posicionada diretamente sobre o sensor.
Isso é feito com o uso de um microscópio. Isso garante um manejo simples e confiável da amostra.

Como é possível ver na imagem da esquerda, o sensor pode ser trocado de forma rápida e fácil em menos de um minuto, graças ao inovador suporte do sensor.
Sensores usados, com suas amostras aderidas, podem ser armazenados com segurança na caixa do sensor de chip. Isso permite que medições sejam repetidas posteriormente com as mesmas amostras.

Agora, quero descrever este novo sensor nos dois próximos slides.


Slide 7: O Flash DSC 1: O sensor de chip

Aqui, vemos um diagrama esquemático do novo sensor de chip. Este é o coração do Flash DSC 1.  

O Flash DSC 1 usa o sensor MultiSTAR UFS 1. UFS é a sigla em inglês para sensor ultrarrápido. Ele é um sensor de chip baseado na tecnologia MEMS. Os aquecedores e sensores de temperatura são incorporados em uma membrana pequena e extremamente fina, com apenas 2 micrômetros de espessura.
Na realidade, sua construção é um forno de DSC completo miniaturizado para amostra e referência.


Slide 8: O Flash DSC 1: O sensor de chip

A imagem da esquerda mostra o sensor UFS1. A membrana com o sensor de fato é montada dentro de uma armação de cerâmica juntamente com as conexões elétricas.

A imagem do meio é uma visão expandida do sensor em si. Ele consiste em duas membranas com fornos idênticos. Cada sensor é, na realidade, uma célula de DSC completa. Na imagem, a amostra é colocada na parte superior do sensor. A parte inferior é a de referência, que costuma permanecer vazia. O alto grau de simetria do sensor diferencial resulta em linhas de base planas e extremamente reprodutíveis. Mesmo às mais altas taxas de exploração, as curvas de medição apresentam um grau de reprodutibilidade nunca alcançado com um instrumento de DSC.

A imagem da direita é uma visão ampliada do lado da amostra do sensor contendo uma amostra. Para obter um perfil de temperatura homogêneo e simplificar a preparação da amostra, a parte ativa da área da membrana, com diâmetro de 0,5 mm, é revestida de alumínio. Os oito pares térmicos e quatro aquecedores de resistência também estão visíveis.


Slide 9: Materiais metaestáveis

É sempre aconselhável usar uma ampla variação de taxas de aquecimento e resfriamento quando processos cinéticos afetam de forma significante a formação de estrutura no material a ser investigado. Nesses casos, as estruturas dependem das condições de resfriamento e costumam ser metaestáveis. As estruturas podem se alterar em decorrência de uma mudança na temperatura ou durante o armazenamento isotérmico.

Polímeros são exemplos de materiais que formam estruturas metaestáveis. Devido a sua estrutura molecular, eles produzem apenas pequenos cristalitos quando são resfriados depois da fusão. O tamanho dos cristalitos depende da temperatura de cristalização e, portanto, da taxa de resfriamento. Pode ocorrer reorganização no aquecimento. Isso significa que os cristalitos se fundem e, ao mesmo tempo, recristalizam-se para formar estruturas mais estáveis. Portanto, a curva de fusão de DSC mostra o resultado da reorganização e não a fusão dos cristalitos originais. O grau de reorganização depende da taxa de aquecimento.

Estruturas metaestáveis são formadas em muitos outros materiais além de polímeros, como substâncias polimórficas. As diferentes fases e sua distribuição dependem das condições de cristalização.
Em combinações e ligas, processos de difusão, separação de fases, misturas e desmisturas, além de outros processos dependentes de tempo, levam à formação de estruturas metaestáveis.
Além disso, muitos compostos formam estruturas que dependem das condições de resfriamento. Isso costuma se dever a processos que ocorrem nas superfícies internas que se formam nos limites das fases.



 
Slide 10: Fundamentos do Flash DSC: um experimento típico

O diagrama esquemático mostra um programa de temperatura típico do Flash DSC.

No primeiro, um segmento de aquecimento, a amostra costuma ser fundida para otimizar o contato térmico com o sensor.

No segundo segmento, o de resfriamento controlado, a estrutura definida pode ser gerada.

No terceiro, um segmento de aquecimento, a amostra é medida até que finalmente se funda.

Tanto os segmentos de resfriamento e aquecimento são medidos e podem ser repetidos mais de cem vezes em um programa de medição usando diferentes taxas de exploração. Isso permite que a dependência da taxa de resfriamento de um processo de cristalização seja medida em um tempo muito curto em um único programa de medição.


Slide 11: Fundamentos do Flash DSC: variação da taxa de aquecimento

Processos de reorganização podem ser investigados pela variação da taxa de aquecimento, ou até mesmo totalmente suprimidos pela escolha de taxas de aquecimento adequadas.
Se ocorrer reorganização, a estrutura de um material se altera durante o aquecimento.
Entre os exemplos de processos de reorganização estão separação de fases com misturas ou separação de determinadas fases em ligas.
No caso de polímeros, cristalitos pequenos e instáveis se fundem primeiramente e, em seguida, recristalizam-se quando continuam a ser aquecidos para formar cristalitos mais estáveis.
As transições de diferentes fases polimórficas metaestáveis também são processos de reorganização que dependem da taxa de aquecimento.

As curvas de medição do diagrama interno mostram a reorganização do polipropileno isotático quando aquecido como exemplo. Antes de cada medição, a amostra foi resfriada a 1 grau por segundo a partir da fusão. Em seguida, as operações de aquecimento foram realizadas a taxas de aquecimento entre 10 e 2.000 graus por segundo.
Se não ocorrer nenhuma reorganização, espera-se que o máximo do pico de fusão se desloque para temperaturas mais altas a taxas de aquecimento mais altas. Esse é o caso com taxas de aquecimento acima de 200 graus por segundo. A taxas de aquecimento menores, observa-se o comportamento oposto. Quanto mais baixa a taxa de aquecimento, mais alta a temperatura de fusão. Nesse caso, o tempo disponível durante o aquecimento é longo o suficiente para que se formem cristais mais estáveis que não se fundem até alcançarem temperaturas mais elevadas. Quanto mais baixa a taxa de aquecimento, mais alta se torna a temperatura de fusão e menos informações sobre a amostra original o pico de fusão contém.


Slide 12: Fundamentos do Flash DSC: variação da taxa de resfriamento

A cinética de formação de estruturas pode ser estudada pela realização de medições de resfriamento a diferentes taxas de resfriamento.
Uma importante vantagem do Flash DSC 1 é o fato de as taxas de resfriamento corresponderem às de processos técnicos, como as que ocorrem na moldagem por injeção. Isso permite acompanhar a formação da estrutura que ocorre no processo. Além disso, você obtém informações sobre a função e ação de aditivos; por exemplo, de agentes nucleantes em condições praticamente iguais às de processo.
Os dados obtidos a partir de experimentos de resfriamento podem ser usados para melhorar cálculos baseados em modelos.


Slide 13: Fundamentos do Flash DSC: experimento isotérmico

Costuma ser vantajoso usar experimentos isotérmicos para investigar a cinética de processos que envolvem formação de estruturas.
Primeiro, a amostra é resfriada tão rapidamente da fusão até a temperatura de cristalização que não ocorre nenhuma cristalização. Depois disso, o fluxo de calor é medido continuamente durante o processo de cristalização isotérmica. Reações químicas muito rápidas podem ser investigadas basicamente dessa mesma maneira.
Além da necessidade de altas taxas de resfriamento, a região de transição entre o segmento de resfriamento e o isotérmico deve ser a mais curta possível.
O diagrama mostra a curva da temperatura da amostra na região de transição de um segmento de resfriamento a 1.000 graus por segundo até um segmento isotérmico a 50 graus Celsius. Neste exemplo, a região de transição do Flash DSC 1 dura 5,5 milissegundos. O excedente máximo é de 0,02 graus.


 
Slide 14: áreas de aplicação do Flash DSC 1

Este slide resume as áreas de aplicação mais importantes do Flash DSC 1. Entre elas:

  • a análise de processos que envolvem formação complexa e rápida de estruturas, além da determinação da cinética de reação de reações rápidas.
  • A investigação e comparação da ação de aditivos a taxas de resfriamento diretamente relevantes para o processo.
  • Como as taxas de exploração são muito altas, análises térmicas abrangentes de materiais podem ser realizadas em um tempo muito curto. Por exemplo, a investigação da dependência de taxa de resfriamento de um processo de cristalização em uma faixa de mais de três dezenas demora menos de 30 minutos.
  • O Flash DSC 1 permite a investigação de quantidades muito pequenas de amostra, descendo até poucos nanogramas.
  • Os dados podem ser medidos em condições reais de processo. Isso pode ser usado em cálculos de simulação; por exemplo, para otimizar o desempenho de ferramentas.

Slide 15: Aplicações do Flash DSC 1: Substâncias de calibração

Assim como acontece na DSC convencional, as transições do ponto de fusão de substâncias puras podem ser usadas para verificar a exatidão da temperatura. O slide mostra as curvas correspondentes nos pontos de fusão. A taxa de aquecimento foi de 100 graus por segundo.

Além dos picos de fusão dos metais gálio, índio e estanho; a transição sólido-sólido do espato diamantino a 65 graus Celsius negativos também é mostrada. Essa transição é adequada para verificar a exatidão da temperatura abaixo da temperatura ambiente.
Também são mostrados o naftaleno e o HP-53. Ambas as substâncias podem ser facilmente removidas do sensor.


 
Slide 16: Aplicações do Flash DSC 2: fusão de PET

A necessidade de taxas de aquecimento e resfriamento mais altas do que as disponíveis com uma DSC convencional são fomentadas por possíveis aplicações. Agora, eu gostaria de discutir algumas aplicações típicas.

O diagrama mostra curvas de fusão de polietileno tereftalato, ou PET, como é comumente conhecido. Permitiu-se que o material se cristalizasse a 170 graus Celsius por 5 minutos antes de cada medição. As medições foram realizadas a taxas de aquecimento entre 50 e 1.000 graus por segundo.

O digrama mostra diversas curvas de medição que apresentam um pico duplo na região da fusão. A taxas de aquecimento mais altas, o pico de baixa temperatura é deslocado para temperaturas mais altas, e o pico de alta temperatura, para temperaturas mais baixas.


Slide 17: Aplicações do Flash DSC 2: fusão de PET

Este diagrama resume os resultados. Os picos de temperatura são mostrados em função da taxa de aquecimento em escala logarítmica. Os pontos azuis representam os picos de baixa temperatura, e os pontos vermelhos, os picos de alta temperatura.

 A curva azul é típica de processos de fusão sem reorganização. Cristalitos que se formaram durante a cristalização se fundem.

O comportamento do pico de alta temperatura é característico da fusão de cristalitos que se formaram pela reorganização durante o aquecimento. Quanto mais baixa a taxa de aquecimento, mais tempo os cristalitos têm para se tornarem perfeitos e, portanto, mais alto é seu ponto de fusão.

A uma taxa de aquecimento de 1.000 graus por segundo, apenas um pico é medido. A reorganização é suprimida a essas altas taxas de aquecimento.

O diagrama também mostra em que medida se sobrepõem as taxas de aquecimento da DSC 1 convencional, de cerca de 0,1 a 200 graus por minuto, e do Flash DSC 1, de cerca de 10 graus por minuto em diante.


Slide 18: Aplicações do Flash DSC 3: reorganização de iPP

O próximo exemplo também mostra o efeito da reorganização mediante aquecimento.

 O polipropileno isotático foi resfriado muito rapidamente da fusão a 4.000 graus por segundo para se obter uma amostra amorfa. Em seguida, a amostra foi aquecida a taxas de aquecimento entre 5 e 30.000 graus por segundo.

Para facilitar a comparação, as curvas são exibidas em unidades de capacidade térmica e também estão normalizadas com relação à massa da amostra e à taxa de aquecimento. Nesta apresentação de "capacidade térmica", processos exotérmicos são mostrados na direção voltada para baixo.  

A transição vítrea surge a cerca de zero graus Celsius, seguida por um pico exotérmico devido à cristalização fria. O pico de fusão fica entre 130 e 150 graus.
As curvas mostram que, ao aumentar a taxa de aquecimento, o pico de cristalização é deslocado para temperaturas mais altas, e o pico de fusão, para temperaturas mais baixas.
A taxas de aquecimento acima de 2.000 graus por segundo, as áreas dos picos de cristalização e fusão começam a se reduzir. A cerca de 30.000 graus por segundo, a cristalização já não ocorre mais. Mesmo com o aquecimento, o material permanece amorfo e apresenta apenas uma transição vítrea.    


Slide 19: Aplicações do Flash DSC 4: cristalização de iPP

O slide mostra curvas de resfriamento obtidas a partir de medições realizadas em polipropileno isotático a taxas de resfriamento entre 10 e 500 graus por segundo.

As curvas mostram como o pico de cristalização se desloca com a taxa de resfriamento.   


 
Slide 20: Aplicações do Flash DSC 4: cristalização de iPP

Este diagrama resume todas as temperaturas de pico medidas em função da taxa de resfriamento. As medições foram realizadas a taxas de resfriamento entre 0,1 e 1.000 graus por segundo.
Diversas medições também foram realizadas a taxas de resfriamento entre 0,02 e 0,8 graus por segundo usando a DSC 1 convencional. Os resultados são mostrados como pontos vermelhos. Os pontos pretos são as medições obtidas com o uso do Flash DSC 1.

Os resultados das duas técnicas mostram uma concordância muito boa na faixa de sobreposição entre 0,2 e 0,8 graus por segundo.

As curvas de medição registradas a taxas de resfriamento acima de 50 graus por segundo mostram a presença de um segundo pico de cristalização a cerca de 30 graus Celsius. Outras estruturas metaestáveis são aparentemente formadas a essas baixas temperaturas. As temperaturas máximas de pico correspondentes são mostradas em azul.


Slide 21: Aplicações do Flash DSC 5: cristalização isotérmica

Processos isotérmicos rápidos também podem ser medidos com o Flash DSC 1.

O slide mostra algumas das curvas de medição obtidas a partir da cristalização isotérmica do polipropileno isotático a temperaturas de cristalização entre 10 graus Celsius negativos e 110 graus Celsius positivos.
As curvas entre 46 e 100 graus ilustram como o pico máximo se altera em função da temperatura de cristalização isotérmica.


Slide 22: Aplicações do Flash DSC 5: cristalização isotérmica

Este diagrama resume todos os resultados da medição.
O tempo de pico recíproco no pico máximo da curva de medição está mostrado em função da temperatura de cristalização.
O tempo de pico recíproco é uma medida da taxa de cristalização.
Dois processos de cristalização diferentes estão aparentes. A cristalização heterogênea abaixo de 40 graus é mais rápida que a cristalização a temperaturas mais altas.


Slide 23: Aplicações do Flash DSC 6: nanopreenchimento em PA 11

Nessa aplicação, diferenças na nucleação foram investigadas variando-se a taxa de resfriamento.
Amostras de poliamida 11 com e sem preenchimento foram resfriadas em uma DSC convencional a 10 graus por minutos e no Flash DSC 1 a 1.200 graus por minuto. As curvas vermelhas são de uma poliamida pura sem preenchimento. As curvas pretas foram medições de uma poliamida que continha 5% de nanopreenchimento.
Na DSC 1 convencional, a poliamida não preenchida se cristaliza a temperaturas mais altas do que a poliamida preenchida às taxas de resfriamento baixas usadas. O efeito oposto é observado às altas taxas de resfriamento do Flash DSC 1. Assim, o preenchimento funciona como agente nucleante.


Slide 24: Aplicações do Flash DSC 7: fusão e decomposição

A temperatura à qual processos cinéticos ocorrem pode ser deslocada a taxas de aquecimento mais altas.

Um exemplo é a sobreposição de fusão e decomposição, que ocorre em muitos materiais orgânicos.
A sacarina é mostrada aqui como exemplo. A taxas de aquecimento mais baixas, a decomposição começa antes do pico de fusão. A taxas de aquecimento mais altas, a decomposição é deslocada para temperaturas mais elevadas.


Slide 25: aplicações do Flash DSC 8: polimorfismo

A morfologia de substâncias com diferentes fases polimórficas depende do histórico térmico, como as condições de resfriamento e aquecimento.
O slide mostra o complexo comportamento de fusão do fenobarbital.
O material original tem um pico de fusão a cerca de 180 graus Celsius. Após ser resfriado a 100 graus por segundo, ele fica amorfo.
Se essa amostra for semeada com pequenos cristais semelhantes a agulhas, são formadas diferentes fases ao aquecê-la dependendo da taxa de aquecimento usada. É possível reconhecer seis fases polimórficas diferentes nas curvas de medição.


Slide 26: resumo

Os exemplos de aplicação mostram que o Flash DSC 1 é o complemento ideal para a DSC convencional.
O instrumento fornece uma faixa extremamente ampla de taxas de aquecimento e resfriamento. Esse é um fator muito importante para a caracterização de materiais modernos. Os dados obtidos permitem a otimização de processos de produção. A técnica é especialmente interessante pelo fato de os materiais poderem ser medidos às taxas de resfriamento nas quais foram produzidos.
As medições rápidas e variáveis permitem que os materiais sejam caracterizados em um tempo muito curto.
Materiais ou condições de produção podem ser aprimorados por meio da medição da formação de estruturas a taxas de resfriamento relevantes para as que ocorrem na produção.


Slide 27: resumo

Este slide resume as vantagens do Flash DSC 1.
- As taxas de resfriamento ultra-altas do Flash DSC 1 permitem que processos envolvendo formação de estruturas com resfriamento sejam medidos.
- As taxas de aquecimento ultra-altas reduzem tempos de medição e podem ser usadas para investigar processos de reorganização ou evitar que a reorganização ocorra.
- Também podem ser feitas medições a taxas de aquecimento relativamente baixas, graças à alta sensibilidade do Flash DSC 1. Por causa disso, as taxas de aquecimento e resfriamento se sobrepõem em certa medida às da DSC convencional. Isso permite que resultados experimentais sejam comparados diretamente.
- A faixa de temperatura do Flash DSC 1 com o sensor MultiSTAR UFS 1 vai de 95 graus Celsius negativos até 450 graus Celsius positivos.
- A ergonomia e a funcionalidade orientadas para a aplicação permitem uma preparação fácil e rápida das amostras.


Slide 28: Para mais informações

Se quiser saber mais sobre o Flash DSC 1 ou outros produtos de análise térmica da METTLER TOLEDO, acesse nosso site ou fale com seu especialista em vendas METTLER TOLEDO local. Você também pode obter informações sobre nossos guias, catálogos, webinars e outros produtos.


Slide 29: Agradecimentos

Isso conclui nossa rápida visita ao empolgante novo mundo das medições de DSC ultrarrápidas.
Obrigado pela sua atenção.