Cadinhos para Análise Térmica

Cadinhos para análise térmica servem como recipientes para amostras e são usados durante medições de análises térmicas. Também protegem o sensor da contaminação durante a medição. O tipo de cadinho usado para a medição pode influenciar a qualidade dos resultados obtidos. Os cadinhos de análise térmica estão disponíveis em diversos materiais e tamanhos, garantindo que haja um cadinho disponível para cada aplicação. Levar em consideração os fatores relevantes da medição, da amostra e do tipo de cadinho pode ajudar a produzir resultados de análise térmica mais confiáveis.

Os cadinhos são necessários para medições de DSC, TGA e TGA/DSC e, em alguns casos, fornecem uma solução útil para a preparação de amostras durante as medições de TMA.

Há muitos fatores a serem considerados ao selecionar um cadinho para análise térmica. Deve-se levar em consideração todos os fatores para garantir que os cadinhos selecionados fornecerão os melhores resultados para qualquer medição de DSC, TGA ou TGA/DSC. Fatores a serem considerados: material do cadinho, volume do cadinho, massa do cadinho, amostra sob análise, robô de amostras e condições experimentais (a linha de temperatura de medição, a atmosfera, a técnica de análise térmica usada)

• Alumina (óxido de alumínio) — são os cadinhos mais comuns para medições de TGA. Eles são inertes e podem lidar com temperaturas de até 1600 °C. Cadinhos de alumina são usados para TGA/DSC também, mas o sinal de fluxo térmico (SDTA) será anulada. Não é recomendado usar esse tipo de cadinho para medições de DSC. Esses cadinhos podem ser facilmente limpos e reutilizados.
  
• Alumínio — são os cadinhos padrões usados para medições de DSC. A condutividade térmica do alumínio é particularmente elevada, assim, os efeitos térmicos são facilmente vistos. Os cadinhos de alumínio podem ter vários tamanhos, ter vedação hermética e aguentar temperaturas próximas do ponto de fusão do alumínio (< 660 °C).
  
• Ouro — sendo feitos de um metal nobre, esses cadinhos são quimicamente resistentes. Servem para evitar qualquer possível reação com as amostras. A condutividade térmica do ouro é alta, o que permite que os eventos térmicos sejam facilmente vistos. A desvantagem de utilizar os cadinhos de ouro é o seu preço elevado.
  
• Cobre — usado quase exclusivamente para a determinação da estabilidade oxidativa ou para os experimentos de tempo de oxidação induzida (OIT). O bronze age como um catalisador para acelerar a oxidação.
  
• Platina — principalmente utilizados para medições de TGA/DSC ou de DSC para temperaturas acima de 640 °C. As curvas de DSC e de SDTA são medidas com cadinhos de platina que são geralmente melhores que aqueles obtidos usando cadinhos feitos de alumina, que têm uma condutividade térmica mais baixa. No entanto, deve-se observar que metais fundidos formam ligas com platina com muita facilidade.
  
• Aço inoxidável — esses cadinhos são usados quando alta pressão é necessária. Eles têm um sistema de abertura rosqueado para que os cadinhos possam ser reutilizados. São mais pesados que os outros cadinhos de metais, que podem levar a gradientes mais baixos de temperatura se necessários, e cadinhos de aço inoxidável podem ser revestidos com ouro para evitar reações indesejadas com as amostras.
  
• Vidro — usado quando a observação visual da amostra é necessária. São mais frequentemente usados junto com microscopia de estágio quente ou outros métodos de análise termo-ópticas.
  
• PCA/Safira — PCA é um óxido de alumina policristalino com propriedades similares à safira. Devido à sua estrutura material, o PCA é muito firme, quimicamente resistente e inerte. O cadinho de PCA pode ser recomendado para todos os materiais, incluindo metais de fusão como Fe ou Ni.